quarta-feira, agosto 09, 2006

testemunho

Temos aqui uma mulher, que devia de servir de exemplo para todas as outras mulheres, esta mulher foi submetida a um aborto através de uma solução salina, não a avisaram os problemas que lhe podiam causar, as dores que dá... vamos ler:

ele(o médico) injectou 200 ml de solução salina, a partir daí foi horrível.
O meu bebé começou a se debater, parecia boxe. Ela tinha muitas dores. A solução salina estava queimando sua pele , olhos, e garganta. Estava sufocando, deixando-a nauseada, tentando escapar por todos os meios...

Nunca me passou pela cabeça que a minha bebé tivesse de morrer, só me queria ver livre do "problema". Agora já não havia maneira de salvá-la...
Comecei a falar com ela a tentar reconfortá-la, a explicar-lhe a situação, eu não queria que ela morresse. Durante 2 longas horas eu senti-a a lutar dentro do meu ventre...

De repente ela parou de lutar, eu ainda me lembro do seu último chuto, ela desistiu e morreu...
Por um lado fiquei descansada por a dor dela ter acabado. Mas eu nunca mais fui a mesma. Para além de ter morto a minha filha também matou uma parte de mim.

Depois deram-me outra injecção para provocar o trabalho de parto. O meu parto durou 12 horas, a noite toda. Quando dei à luz, estava sozinha, as enfermeiras não chegaram a tempo à sala de parto. Depois de a dar à luz, peguei-a ao colo, contemplei-a de cima a baixo, ela era um pequeno ser humano...era a minha filha...contorcida pela agonia, silenciosa. Morta.

Parecia que tinha estado com ela uns 10 minutos ou mais, mas disseram-me que não tinha sido mais que 30 segundos...as enfermeiras arrancaram-na das minhas mãos, e atiraram-na para uma comadre (objecto de auxilio para hospitais).

Três semanas depois do meu aborto, optei por ser esterilizada através da ligação das trompas. Não queria voltar a matar.
Comecei a ter pensamentos de morte, a fantasiar como seria a minha morte. A minha bebé lutou e sofreu durante duas horas, eu procurei imaginar como seria enfrentar uma morte semelhante...

Quatro meses depois, eu continuava com uma infecção. Fui ao ginecologista/obstetra, e ele executou uma nova limpeza ao útero, do tipo dilatação e curtagem. Ele abriu o colo do útero e deixou o tampão dentro de mim, três semanas depois eu estava apodrecida por dentro.

Sete meses depois, fui forçada a passar por uma histerectomia total, tudo por causa de um aborto legal, "seguro e fácil".